Estima-se que o Brasil tenha mais de 30 milhões de fumantes e que cerca de 200.000 mortes/ano são decorrentes do tabagismo.

Os principais riscos à saúde relacionados ao tabagismo se referem às doenças do sistema cardiovascular, sendo o tabagismo um fator de risco importante para infarto do miocárdio (ataque cardíaco), doenças do trato respiratório como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e enfisema, e câncer, particularmente câncer de pulmão e câncer de laringe e boca.

Está comprovado: filhos de pais fumantes, em idade pré-escolar, chegam a apresentar três vezes mais problemas pulmonares do que as demais crianças. Infecções respiratórias são nitidamente mais frequentes nas crianças de baixa idade que crescem em ambientes onde se fuma. E os adolescentes, além de imitarem os pais nesse hábito, muitas vezes inalam passivamente o suficiente para se tornarem dependentes do vício.


Cigarro e Gravidez

Nas mulheres fumantes o índice de esterilidade alcança os 41% e os abortos espontâneos atingem entre 10% e 35%
Menos de 40% das mulheres fumantes que engravidam tentam parar de fumar durante a gravidez.

Mesmo que não fume, uma gestante que esteja exposta à fumaça do cigarro acaba por apresentar os mesmos níveis de nicotina no sangue que os fumantes.

Um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar em poucos minutos, os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o seu aparelho cardiovascular. Assim, é fácil imaginar a extensão dos danos causados ao feto, com o uso regular de cigarros pela gestante. O monóxido de carbono aspirado com a fumaça do cigarro ocupa o lugar do oxigênio nas hemoglobinas, e o bebê recebe menos oxigênio pelo sangue da mãe.

Fumar durante a gravidez traz sérios riscos: abortos espontâneos, nascimentos prematuros, má formação fetal, bebês de baixo peso (menos de 2.500g), mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta (Como a placenta é o principal responsável em dar oxigênio e nutrientes para o feto, isso também contribui para a morte e mal desenvolvimento do bebê) e sangramentos durante a gravidez. Uma fumante apresenta maiores riscos de complicações durante o parto e têm o dobro de chances de ter um bebê de baixo peso e menor comprimento, comparando-se com a grávida que não fuma.



Cigarro e Amamentação


A nicotina passa para o bebê através do leite materno, sendo que sua concentração é 2,9 vezes maior no leite que no sangue.
Os efeitos da nicotina sobre o bebê podem se apresentar de diversas formas: agitação, vômitos, diarréia e taquicardia, bem como o aumento de cólicas em recém-nascidos.

Crianças sob aleitamento exclusivo com mães fumantes apresentam menor ganho de peso. Há também uma queda na produção de leite, levando ao desmame precoce.

Fumo Passivo

Mesmo uma pequena exposição passiva ao fumo pode ter um impacto negativo na saúde cardiovascular da criança. Crianças que convivem com fumantes têm mais risco de apresentarem doenças respiratórias como pneumonia, bronquites, bronquiolite e asma, assim como maior freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio.
Para os bebês, um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil) e maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito). Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter aterosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças.


Fonte: http://www.inca.gov.br/tabagismo/

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