quinta-feira, 11 de outubro de 2007



A endometriose é caracterizada pela presença de tecido endometrial fora do útero, geralmente em órgãos como bexiga, ovários e intestinos. Estima-se que a endometriose atinja de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva.

Muito especula-se sobre as causas da endometriose. Uma das teorias é a da menstruação retrógrada, onde após a descamação do endométrio, ao invés do descarte através da menstruação, o tecido voltaria pelas trompas ou levado pela corrente sanguínea e se implantaria em outras regiões fora do útero.

O principal sintoma da endometriose é a dor. Cólicas menstruais muito fortes e até mesmo fora do período menstrual. Outros sintomas são infertilidade, alterações urinárias e intestinais, assim como dor nas relações sexuais. Em 20% dos casos, a mulher apresenta apenas dor, em outros 20% apenas infertilidade. Nos outros 60% os dois sintomas aparecem juntos.

O principal ponto para o diagnóstico da endometriose é a observação do histórico da paciente. Cólicas menstruais intensas ou mesmo fora do período menstrual, alterações urinárias e intestinais, dor nas relações sexuais, dificuldade pra engravidar, entre outros são sintomas típicos da endometriose. A partir daí o médico pode ter a confirmação através da associação entre o exame de sangue (CA 125) e um ultra-som transvaginal.

O método mais eficiente no diagnóstico da endometriose é a laparoscopia.

No início, a endometriose pode ser tratada com a suspensão da menstruação em períodos variados. Nos casos mais avançados, a laparoscopia se faz necessária. Através dela o médico cauteriza os focos da doença.



Comigo Foi Assim...

Depois dos 18 anos, comecei a ter cólicas menstruais que foram ficando cada vez mais fortes. Nunca associei essas dores a nada mais grave. Sempre achei que fosse normal ter cólica.

No final de 2004, parei de tomar o anticoncepcional com a intenção de engravidar. Exatamente nesse período, as cólicas aumentaram muito. Em fevereiro de 2005, comecei a sentir muita dor fora do período menstrual também. Da primeira vez, achei até que fosse apendicite, tamanha era a dor.

Após descartarem apendicite, pedra nos rins e problemas estomacais, começaram a desconfiar que era endometriose. Só que os médicos diziam que não havia necessidade de exames pra confirmar, já que eu estava tentando engravidar e não poderia fazer nenhum tratamento...

Só depois de um mês, o quinto médico diferente com quem eu me consultei pediu além de mais um ultra-som, um exame de sangue e confirmou a endometriose e um endometrioma do tamanho de uma laranja no meu ovário direito, motivo de toda aquela dor.

Nenhum tratamento me foi prescrito, só um remédio pra agüentar a dor, mas pelo menos agora eu sabia porque estava demorando tanto pra engravidar...

Logo depois que o Lucas nasceu, coloquei o Implanon, um anticonepcional subdérmico, que pode ser usado inclusive durante a amamentação, e que inibe o desenvolvimento da endometriose.

Ah! O Lucas nasceu por cesárea (apresentação pélvica), e minha GO aproveito pra "dar uma olhadinha" no meu ovário e não havia mais sinais do cisto. Provavelmente ele regrediu por causa da gravidez, quando os hormônios que o "alimentavam" pararam de circular no meu corpo... E segundo a minha médica, pelos sinas de focos de endometriose que revestiam meu útero, ter engravidado em apenas 1 ano foi muita sorte.

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